A Libras – Língua Brasileira de Sinais – é um tipo de linguagem, natural e orgânica, como qualquer outra criada para promover a inclusão social dos surdos e deficientes auditivos com perdas profundas, visando sua participação nos meios que convivem. Ela partiu de uma iniciativa conjunta entre a comunidade em geral e o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), trata-se de uma união entre Língua Francesa de Sinais – LFS – e alguns gestos já inerentes ao cotidiano dos surdos brasileiros.
Com isso em mente, será que um surdo brasileiro que viaja para os Estados Unidos consegue se comunicar com um surdo norte americano?
Atualmente existem aproximadamente 466 milhões de deficientes auditivos em todo o mundo, segundo dados da OMS – Organização Mundial da Saúde, enquanto que só no Brasil são cerca de 10 milhões – dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística) – será que toda essa comunidade usa a mesma língua de sinais?
A resposta para ambas as perguntas é não. Da mesma forma que hoje no mundo são falados 7.117 idiomas em diferentes países, a língua de sinais acompanha essa rica diversidade linguística. Existem pelo menos entre 138 e 300 tipos de línguas de sinais pelo mundo e o motivo é o mesmo de o porquê existem tantos idiomas: a linguagem é algo vivo, orgânico e acompanha a cultura e os costumes de um determinado grupo, por isso a linguagem de sinais evoluiu de diferentes formas em diferentes países.
Já que a Libras, como explicado anteriormente, é a língua brasileira de sinais, como é que o surdo norte americano se comunica?
A comunidade surda dos Estados Unidos também tem sua própria forma de expressão, a American Sign Language (ASL), em português Língua de Sinais Americana, que apesar de possuir algumas similaridades com a Língua Brasileira de Sinais, trata-se de uma linguagem única e expressiva.
Assim como alguns idiomas são mais falados que outros pelo mundo, como inglês e espanhol, o mesmo ocorre com as linguagens de sinais, algumas são mais conhecidas que outras, tais como a ASL, a FSL (Língua Francesa de Sinais) e a Libras.
Sendo assim, aprender Libras é tão vital como qualquer outro idioma, trata-se de inclusão acima de qualquer outra necessidade, é liberdade de comunicar-se em qualquer lugar do mundo e carregar consigo a certeza de entender e ser entendido.
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